Professor Fredão explica como funciona a metodologia que calcula a nota do Enem
Na próxima semana, iniciam-se as inscrições para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no entanto, a preparação de muitos candidatos iniciou há meses. Durante essa maratona de estudos, um dos termos que passou a fazer parte do dia a dia dos vestibulandos é a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que nada mais é que a metodologia que calcula a nota da prova.
“A TRI não calcula apenas o acerto do candidato, mas o acerto dentro de uma coerência pedagógica. Por isso que candidatos podem chegar a ter diferença de até 200 pontos, mas estarem no mesmo patamar de acertos. Isso acontece porque podem ter acertado itens com nível de dificuldade diferentes”, explica o professor brasiliense Frederico Torres, mais conhecido como professor Fredão.
Ele explica que a metodologia TRI leva em conta três aspectos importantes: o grau de dificuldade de cada questão, se o candidato tem a proficiência requisitada na matéria, e o acerto ao acaso, o famoso chute.
Os candidatos com melhores desempenho no Enem são aqueles que tiveram mais acertos de questões fáceis e médias do que as difíceis, pois a TRI entende que ele apresentou um comportamento coerente, ou seja, não “chutou”.
No entanto, isso não significa que o candidato não deve chutar na prova, pelo contrário, principalmente porque a questão em branco vale muito menos que um acerto casual.
“Por isso é importante que o candidato fique atento, principalmente se ele sonha com a aprovação em cursos concorridos como o de Medicina, por exemplo”, destacou o professor Fredão, que esteve pela primeira vez em Manaus, na última semana, palestrando exclusivamente para os alunos do cursinho Vetor.
Formado em matemática e estatística, ele é responsável pelo canal Mente Matemática, e tem ajudado jovens a alcançarem a aprovação por meio de uma metodologia própria que foca nas habilidades e competências exigidas no Enem.
Desafios na preparação
Entre os jovens que estão focados na aprovação está Pedro Lima, de 17 anos. Aluno do terceiro ano do Ensino Médio, ele se divide entre as aulas da escola e do cursinho durante a preparação para o Enem.
“De manhã estou na escola, à tarde no Vetor e, quando chego em casa ainda estudo por mais duas horas. Tem sido desafiador administrar o tempo, mas com foco e determinação acho que conseguirei fazer uma boa prova”, comenta o jovem, que sonha em se tornar médico cirurgião.
Para ajudá-los nessa missão, a especialista em neurociência da aprendizagem e aprovação, Fernanda Leal, também esteve na última semana em Manaus. Ela conta que nesse momento é fundamental que os candidatos adotem estratégias que os ajudem a garantir mais acertos de questões, além de se sentirem mais dispostos e seguros para o dia da prova.
“Costumo comparar a preparação do aluno com a de um atleta de alta performance, que às vésperas de um campeonato ou uma olimpíada, continua treinando, mas o treino muda de figura, porque nesse caso, dormir e se alimentar bem, cuidar do emocional, ganha uma importância maior ainda”, destacou a criadora do Método Leal, metodologia de estudos comprovada cientificamente que ensina jovens a estudar com estratégia para o vestibular. Em Manaus, a técnica é oferecida com exclusividade no cursinho Vetor.
Além de resolver provas anteriores, é fundamental apostar na correção aprofundada, que é focar nas questões com maior dificuldade. “Há uma tendência de aumentar os erros por falta de atenção, então as técnicas de respiração ajudam a relaxar e proporcionam mais concentração, principalmente na hora de resolver as questões que o candidato tem base, porém errou, então esse é o momento dele estudar mais elas e, assim, ter condições de aumentar o número de acertos”, explica.